
Sob o comando de Rafael Paiva, o Vasco se mostra uma equipe copeira na essência da palavra. Se o objetivo em Curitiba era não sofrer gols, o time colocou a cabeça no lugar depois de sofrer dois e mais uma vez soube se adaptar às circunstâncias da partida. E nem mesmo a expulsão de Rayan aos 41 minutos do primeiro tempo, em lance desproporcional com Esquivel, causou abalo.
Com um a menos e 2 a 0 contra no placar, justo no momento em que o Athletico poderia girar a faca, o Vasco chegou ao gol com Vegetti. Lucas Piton só fez o favor de levantar a bola na segunda trave. O resto foi mérito do centroavante argentino, que atropelou Esquivel no duelo por cima para marcar seu 18º gol na temporada. Com seis, ele é o artilheiro isolado da Copa do Brasil.
Léo Jardim entra em ação a partir desse momento. O goleiro já havia sido exigido no primeiro tempo, mas com menos de um minuto no segundo executou aquela que foi provavelmente a defesa mais difícil da partida, em chute cruzado de Cuello que ele salva no reflexo. No minuto seguinte, fechou as portos do gol em cabeçada de Mastriani. Depois, mais uma defesa. E mais uma. E outra. Por fim, saltou na cobrança de pênalti de Cannobio.
Com 2 a 1 no placar, o Vasco conduziu a partida para a decisão por pênaltis, onde tem se sentido assustadoramente confortável nesta temporada. Sforza, Puma Rodríguez, Mateus Carvalho e Victor Luís tiveram sangue frio e deslocaram o goleiro Mycael. A batida decisiva, não poderia ser diferente, ficou nos pés de Vegetti. Assim como já havia acontecido nas classificações sobre Água Santa e Fortaleza na competição, a equipe não desperdiçou uma cobrança sequer.