Um mês após o início dos Jogos Olímpicos em Paris, a ‘Cidade Luz’ recebeu milhares de atletas nesta quarta-feira, 28, na cerimônia de abertura do Jogos Paralímpicos 2024, uma festa que destacou “todos os corpos”.
Desta vez em um dia ensolarado, o evento paralímpico, o primeiro da história na França, começou pontualmente às 15h com um espetáculo idealizado pelo prestigiado diretor de teatro francês Thomas Jolly.
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“Bem-vindos ao país do amor… e da revolução”, declarou o presidente do Comitê Organizador de Paris-2024, Tony Estanguet, ao anoitecer na Praça da Concórdia, onde um palco central em torno do famoso Obelisco de Luxor recebeu o show ‘Paradoxe’ (Paradoxo).
Durante o desfile, os quase 50 mil espectadores aplaudiram e cantaram os nomes dos países e dos atletas, que interagiam com muita simpatia com o público.
“Esta noite começa a revolução paralímpica”, afirmou Stanguet, uma ideia compartilhada pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), o brasileiro Andrew Parsons, que em seu discurso comemorou “o evento esportivo mais transformador do mundo”.
Após as palavras de Stanguet e Parsons, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou oficialmente “abertos” os Jogos Paralímpicos de Paris.
“Uma utopia”
Para cumprir este objetivo revolucionário, Thomas Jolly, que dirigiu a elogiada, mas também polêmica, abertura dos Jogos Olímpicos, garantiu que o show iria valorizar “todos os corpos”.
A ‘Phryge’, mascote oficial de Paris 2024, foi protagonista dos primeiros momentos da cerimônia, que começou com um vídeo do paranadador francês Théo Curin, subindo em um carro coberto de bonecos de pelúcia do simpático personagem.
Após a chegada do veículo à praça, 140 bailarinos e 16 artistas com deficiência vestidos de azul, vermelho e branco fizeram uma potente apresentação para simbolizar uma sociedade que tenta ser mais inclusiva, mas que ainda precisa se esforçar mais.
Com a presença do artista francês Christine and The Queens, que interpretou uma versão electropop do clássico de Edith Piaf “Non, je ne regrette rien”, os dois grupos de bailarinos, sob as ordens do coreógrafo sueco Alexander Ekman, terminaram a atuação frente a frente, olhando-se nos olhos.